O terrorismo

Feliz 2008! Sei que o ano já vai longo mas não pude vir cá antes. Houve umas ameaças contra o Dakar e depois não houve Dakar e alguém ficou sem ter que fazer a meia dúzia de mísseis e vai na volta algum terrorista andava por aí a ler isto (já agora, um granda Salamaleku para todos os terroristas que nos lêm) e era desagradável começar o ano com um míssil na testa. Como já era hora do Dakar ter acabado por este ano e já devem ter guardado as bombas e como a perspectiva de um teste de Análise Matemática faz com que meia-dúzia de misséis e umas bombinhas pareçam geringonças de Carnaval inofensivas, achei que estava na hora de reabrir o tasco.

E por falar em terrorismo, tenho a dizer que esta é uma área de negócio com muito potencial e muito explorada até agora. Senão vejamos: os senhores dos turbantes queriam fazer coisas ruins aos senhor do Dakar. À partida, pode parecer desagradável e até incómodo. No entanto, com as devidas negociações, acho que podíamos sair todos a ganhar com isto. Por exemplo, já que eles gostam tanto de se explodir, mandavam meia-dúzia dos deles para o Dakar, a organização lá desenrascava uns jipes (afinal, não precisavam de aguentar até ao fim...). Depois, os que ficavam, rebentavam com os amigos em prova. Tínhamos actos terroristas consumados, tínhamos imensas horas de exposição mediática para o Dakar (olhem só o que não rendia em patrocínios... só o tempo de reportagem da TVI devia pagar o Dakar a muita gente durante 3 ou 4 anos), tínhamos mais meia-dúzia felizes no meio das suas 70 virgens e tínhamos o nosso Dakar a decorrer alegremente. Claro que havia o risco de os senhores das bombas se entusiasmarem e lançarem umas bombas onde não deviam mas se alguém lhes explicasse bem explicadinho que por cada alvo errado perdiam o direito a umas 15/20 virgens quando se estourassem, vocês viam como eles não falhavam nem um tiro...
Depois, há ainda outros sectores onde esta gente poderia ser muito útil. O mais óbvio é o das demolições. Facilmente se arranjava um acordo entre companhias aéras que tivessem aviões para abate e algum empreiteiro que tivesse umas casas para botar abaixo... Assim de repente, lembro-me de umas torres ali para os lados de Ofir (acho eu...) que andam para vir abaixo mas nunca mais vem... Vão ali às garagens da TAP, sacam um Renault 5 lá dos deles, arranjam umas vivendas jeitosas ao pessoal do prédio e deixam os senhores aterrorizar à vontade para lá. No Euro tinha-se poupado muito dinheiro... Um voo excessivamente razante para ali numa estação de televisão para os lados de Queluz... Procurem pela sede do 24horas...
Não falta onde ocupar esta gente, haja imaginação para isso!

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