São light, senhor... São light...
Noutro dia, chego sossegadinho da vida à faculdade algures a meio da manhã a precissar de um reforço do pequeno-almoço. Assim que cheguei, dirigi-me àquela máquina de coisas boas, onde convivem alegremente atrás do mesmo vidro croissants mistos e donuts cobertos de açucar com carradas de chocolate no recheio. Era justamente à procura de um destes saudáveis doces quase conventuais que eu ia quando, pela primeira vez, li a etiqueta que indicava o nome dos produtos que aquela prateleira podia albergar. Podia-se ler "Donuts Americano/Donuts Light". Donuts Americano, tudo bem. É mesmo isso que eu queria. É bom. Não mexe mais. Mas... Donuts Light? Felizmente, nunca calhou de encontrar essa ave rara na prateleira dessa pequena delícia calórica mas a simples existência de um Donuts Light intriga-me...
Reparem na definição de Donut: um bolo massudo, normalmente coberto com uma gosma qualquer que deve ser geleia. Ou seja, é uma espécie de antítese das dietas. No entanto, alguém achou que ainda assim era possível emagrecer a comer Donuts e vai daí nascem os Donuts light. Uma invenção ao nível das Coca-Cola Light e Coca-Cola sem açucar. A Coca-Cola sem açucar é, quanto a mim, a materialização do conceito de paradoxo. Reparem, se bem me lembro, um dos principais ingredientes da Coca-Cola é o caramelo. No meu tempo, o caramelo era tipo açucar derretido. Agora, tirem o açucar à Coca. O que é que está mal na figura? Pois...
A ideia dos produtos light em si não é má: fazer dieta e ao mesmo tempo continuar a comer todas as porcarias que se comiam antes. O conceito está giro mas acaba por ser quase como querer comprar um Porsche pelo preço de um Clio. A imagem é gira: um escritório, pausa para o lanche:
"- Ò dona Odete, a senhora não estava a fazer dieta?
- E estou senhor Adolfo, não se nota?
- Mas... a senhora está a comer donuts e a beber Coca-Cola!
- São light, senhor Adolfo, são light...
- Ah, então está bem."
Vamos lá ver uma coisa: eu comi o Donut porque sou guloso e, como tal, queria uma gulodice, carregadinha de chocolate e açucar. Se estivesse a tentar fazer dieta, provavelmente a minha escolha seria algo do género de um pão com fiambre. E não andaria praí a beber Coca-Cola, nesse bebia um sumo de laranja ou água mesmo. Mas isto se calhar já sou eu a divagar...
Reparem na definição de Donut: um bolo massudo, normalmente coberto com uma gosma qualquer que deve ser geleia. Ou seja, é uma espécie de antítese das dietas. No entanto, alguém achou que ainda assim era possível emagrecer a comer Donuts e vai daí nascem os Donuts light. Uma invenção ao nível das Coca-Cola Light e Coca-Cola sem açucar. A Coca-Cola sem açucar é, quanto a mim, a materialização do conceito de paradoxo. Reparem, se bem me lembro, um dos principais ingredientes da Coca-Cola é o caramelo. No meu tempo, o caramelo era tipo açucar derretido. Agora, tirem o açucar à Coca. O que é que está mal na figura? Pois...
A ideia dos produtos light em si não é má: fazer dieta e ao mesmo tempo continuar a comer todas as porcarias que se comiam antes. O conceito está giro mas acaba por ser quase como querer comprar um Porsche pelo preço de um Clio. A imagem é gira: um escritório, pausa para o lanche:
"- Ò dona Odete, a senhora não estava a fazer dieta?
- E estou senhor Adolfo, não se nota?
- Mas... a senhora está a comer donuts e a beber Coca-Cola!
- São light, senhor Adolfo, são light...
- Ah, então está bem."
Vamos lá ver uma coisa: eu comi o Donut porque sou guloso e, como tal, queria uma gulodice, carregadinha de chocolate e açucar. Se estivesse a tentar fazer dieta, provavelmente a minha escolha seria algo do género de um pão com fiambre. E não andaria praí a beber Coca-Cola, nesse bebia um sumo de laranja ou água mesmo. Mas isto se calhar já sou eu a divagar...
Comentários