Oremos, irmãos!

Aqui há uns dias, a propósito de qualquer coisa que agora não me ocorre, lembrei-me de uma velhinha oração que tinha rezar quando, nos meus tempos de petiz, me tinha que confessar: o "Acto de Contrição".
Diz a Wikipédia que "contrição é o arrependimento sincero e completo dos pecados cometidos". Olhemos então para a dita oração:

"Acto de Contrição
Meu Deus porque sois tão bom?
Tenho muita pena de Vos ter ofendido.
Ajudai-me a não tornar a pecar."

Está muito bonito, sim senhor, mas vejamos isto com olhos de ver:

Portanto, diz que sim, que está muito arrependido e tal mas logo a seguir já se está a queixar: "Meu Deus, porque sois tão bom?". É pá, se é bom não se queixem! Queixam-se porque é mau, queixam-se porque é bom... Porque não algo como "Meu Deus, ainda bem que sois tão bom! Sois o Maior! Bora fazer uma onda a Deus!". Não, em vez disso temos "ah, sois tão bom, se calhar não mereço, talvez se Vós fosses um bocadinho mau era melhor...". Adiante.

Continuando, que temos nós? "Tenho muita pena de Vos ter ofendido". Sim senhor, estamos no bom caminho. Reconhece que errou, tem pena, sim senhor mas, digo eu, e que tal pedir desculpa? Hmm? Não ficava bem? Pelo menos foi o que me ensinaram: quando se faz asneiras, ao menos pede-se desculpas. Ainda para mais, quando a questão é com o Divino.
Para acabar, um pedido de ajuda: "Ajudai-me a não tornar a pecar". Ora bem, isto acaba por estar relacionado com o ponto anterior. Acho bem que se não quer pecar outra vez e que pedir ajuda a quem sabe é um bom caminho mas, mais uma vez, tinha ficado bem pedir desculpa. Já agora, deixo a sugestão para pensar muito bem antes de não tornar a pecar. É que há pecados que valem bem a pena... Mas é só uma sugestão, isso deixo ao critério de cada um. Não ficava de consciência tranquila se saísse daqui sem lembrar isso. A minha boa acção do dia fica feita.

Pensando bem, eu devia ir dar Catequese...

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