São estas pequenas coisas que tornam o mundo um local perigoso
Este é provavelmente o maior título a que um texto deste tasco já teve direito e não surge certamente por acaso. Surge porque eu não me lembrei de nada melhor mas acaba por dar uma grandiosidade nunca antes alcançada pela temática que hoje venho aqui abordar.
Que temática tão esquecida é essa então? Trata-se evidentemente dos perigos de fazer a barba. Infelizmente, poucas pessoas estão alertadas para esses perigos e é altura de alguém abrir os olhos da sociedade para estas pequenas coisas que podem fazer o mundo colapsar dum momento para o outro.
Como acordou a minha consciência para tal flagelo? Muito simples, fui vítima duma quase-tragédia durante um barbeamento que só não o foi por completo devido a uma tremenda presença de espírito da minha pessoa, digna dum escuteiro ou, quicá, do próprio McGayver.
Vamos então aos factos: reparei eu, sossegadinho da vida, que já tinha certas parecenças faciais com um arrumador. Vai daí, achei que era hora de dar trabalho à Gillette e meti mãos ao trabalho. Acontece, que após os primeiros devastamentos do mato apercebo-me de que aquela lâmina pira e simplesmente já tinha dado tudo o que tinha a dar. Nada mais natural: toda a gente sabe que o tempo de serviço prestado por uma lâmina é relativamente curto embora sempre honrado. Era hora do merecido descanço. O passo óbvio era dirigir-me à gaveta onde se encontram as lâminas e trocar por uma nova. Assim fiz. Ou melhor, tentei fazer pois, para mal dos meus (poucos) pecados, a lâmina recusa-se a entrar na Gillette. Eram completamente incompatíveis e não havia nada a fazer senão aceitar esse triste fado. Havia então um pequeno problema para fazer: a barba já tinha uns cortes consideráveis e era inviável sair à rua naquela estado. Por outro lado, a alternativa era cortar o resto do mato com uma lâmina consideravelmente romba. Ora, imaginem o que é tentar aparar as sebes do jardim com uma faca daquelas de barrar manteiga e têm uma ideia do cenário com que me deparava. Dado que estava fora de questão sair de casa naquela triste figura para ir comprar lâminas (mas por acaso já viram alguém sair do barbeiro com metade do cabelo rapado e metade à Jesus Cristo?) lá resolvi desafiar as leis da Física e devastar tão cerrado matagal com aquele pedaço de metal em tempos cortante que tinha à mão. Quem já passou sentiu este flagelo na pele sabe bem o resultado desta experiência: cara feita num bolo, mais cortes na cara do que o Eduardo Mãos-de-Tesoura, uma eternidade perdida a laborar com aquele utensílio e, por fim, um ar de quem nunca antes havia pegado numa Gillette.
Agora, imaginem que tinha uma reunião importantíssima para uma reunião com financiadores para um projecto que permitisse, sei lá, descobrir a cura para a SIDA, como transformar água do Rio Ave em água potável em minutos de 2 minutos ou que ia fazer qualquer coisa que impedesse uma eventual terceira guerra mundial ou que ia para uma reunião num emprego que me ia permitir fazer uma descoberto que fizesse da Terra um local perfeito para se viver. Imaginem que eu estava nessa situação ou outra pessoa qualquer que estivesse nessa posição e ficava com a barba meia por fazer e sem lâmina para acabar o serviço... Se aparecesse assim à tal reunião, não teria credibilidade nenhuma e lá se ia o tal projecto ou a paz no mundo; se tentasse acabar de fazer a barba, ia chegar à hora da reunião e ainda nem a meio do serviço ia... As pessoas às vezes não tem noção do alcance destas pequenas coisas...
Moral da história: tenham sempre uma reserva de lâminas de barbear em casa mas certifiquem-se que dão na vossa máquina (as senhoras também - just in case...). E não deixem a barba ficar tão grande. Desfaçam-na de vez em quando.
Que temática tão esquecida é essa então? Trata-se evidentemente dos perigos de fazer a barba. Infelizmente, poucas pessoas estão alertadas para esses perigos e é altura de alguém abrir os olhos da sociedade para estas pequenas coisas que podem fazer o mundo colapsar dum momento para o outro.
Como acordou a minha consciência para tal flagelo? Muito simples, fui vítima duma quase-tragédia durante um barbeamento que só não o foi por completo devido a uma tremenda presença de espírito da minha pessoa, digna dum escuteiro ou, quicá, do próprio McGayver.
Vamos então aos factos: reparei eu, sossegadinho da vida, que já tinha certas parecenças faciais com um arrumador. Vai daí, achei que era hora de dar trabalho à Gillette e meti mãos ao trabalho. Acontece, que após os primeiros devastamentos do mato apercebo-me de que aquela lâmina pira e simplesmente já tinha dado tudo o que tinha a dar. Nada mais natural: toda a gente sabe que o tempo de serviço prestado por uma lâmina é relativamente curto embora sempre honrado. Era hora do merecido descanço. O passo óbvio era dirigir-me à gaveta onde se encontram as lâminas e trocar por uma nova. Assim fiz. Ou melhor, tentei fazer pois, para mal dos meus (poucos) pecados, a lâmina recusa-se a entrar na Gillette. Eram completamente incompatíveis e não havia nada a fazer senão aceitar esse triste fado. Havia então um pequeno problema para fazer: a barba já tinha uns cortes consideráveis e era inviável sair à rua naquela estado. Por outro lado, a alternativa era cortar o resto do mato com uma lâmina consideravelmente romba. Ora, imaginem o que é tentar aparar as sebes do jardim com uma faca daquelas de barrar manteiga e têm uma ideia do cenário com que me deparava. Dado que estava fora de questão sair de casa naquela triste figura para ir comprar lâminas (mas por acaso já viram alguém sair do barbeiro com metade do cabelo rapado e metade à Jesus Cristo?) lá resolvi desafiar as leis da Física e devastar tão cerrado matagal com aquele pedaço de metal em tempos cortante que tinha à mão. Quem já passou sentiu este flagelo na pele sabe bem o resultado desta experiência: cara feita num bolo, mais cortes na cara do que o Eduardo Mãos-de-Tesoura, uma eternidade perdida a laborar com aquele utensílio e, por fim, um ar de quem nunca antes havia pegado numa Gillette.
Agora, imaginem que tinha uma reunião importantíssima para uma reunião com financiadores para um projecto que permitisse, sei lá, descobrir a cura para a SIDA, como transformar água do Rio Ave em água potável em minutos de 2 minutos ou que ia fazer qualquer coisa que impedesse uma eventual terceira guerra mundial ou que ia para uma reunião num emprego que me ia permitir fazer uma descoberto que fizesse da Terra um local perfeito para se viver. Imaginem que eu estava nessa situação ou outra pessoa qualquer que estivesse nessa posição e ficava com a barba meia por fazer e sem lâmina para acabar o serviço... Se aparecesse assim à tal reunião, não teria credibilidade nenhuma e lá se ia o tal projecto ou a paz no mundo; se tentasse acabar de fazer a barba, ia chegar à hora da reunião e ainda nem a meio do serviço ia... As pessoas às vezes não tem noção do alcance destas pequenas coisas...
Moral da história: tenham sempre uma reserva de lâminas de barbear em casa mas certifiquem-se que dão na vossa máquina (as senhoras também - just in case...). E não deixem a barba ficar tão grande. Desfaçam-na de vez em quando.
Comentários
e com isto m retiro
ass: SR. ENG. CHAPEIRO