Falta de médicos? Eles andam aí...

Em Portugal costuma haver falta de tudo e mais alguma coisa, sobretudo daquilo que faz falta: há falta de médicos, há falta de técnicos, falta de engenheiros competentes, falta disto, falta daquilo... Isto é do conhecimento público, todos os dias aparece alguém a queixar-se disso. Só que é mentira. E eu ainda ontem tive a prova disso mesmo.

Tudo aconteceu quanto estava eu sossegadinho da vida em Guimarães durante a festa do Pinheiro quando mesmo à minha beira um jovem foi infectado por um vírus que costuma atacar quando há grande concentração de pessoas, sobretudo jovens, atacando predominantemente de noite. Falo, obviamente, do vírus do álcool, o qual ataca o equilíbrio, o discernimento e a concentração entre outros. Após o vírus lhe ser transmitido, uma pessoa começa a ter dificuldade em manter-se em pé podendo, quando o vírus já se encontra extremamente desenvolvido, já nem sequer se conseguir manter de pé. Tendo o jovem em questão claramente o vírus num estado muito avançado, mandou-se parar uma ambulância que por lá circulava a fim de recolher potencias infectados. Quando os transeuntes se aperceberam de que o jovem estava a dar entrada na ambulância, plenos de senso, terão percebido o estado em que ele se encontrava. Ora, mal se apercebem do sucedido, é ver pessoas a correr (literalmente!) pela rua abaixo, parando junto da ambulância. Certamente eram médicos, anónimos entre a multidão, que ml tomaram consciência do drama que se desenrolava uns metros abaixo quiseram prestar o seu auxílio. Um deles, até tirava fotografias ao interior da ambulância com o passageiro, certamente para um trabalho ou alguma campanha a alertar para os perigos deste vírus.

Ora, situações destas de prestabilidade súbita são extremamente frequentes e não se resumem ao vírus do álcool. O caso mais frequente são os acidentes de viação. Basta haver um pouco de chapa amolgada para algum prestável engenheiro aparecer, certamente com uma solução para pôr os carros como novos ou então para se inteirar dos eventuais problemas de concepção que a estrada teria e assim elaborar um estudo com vista a evitar futuros acidentes (nem que o acidente em questão fosse um simples toque num pára-choques).

São apenas dois casos mas que demonstram como não falta mão-de-obra especializada em Portugal. É só uma questão de os procurar porque eles andam aí incógnitos. O que as autoridades competentes tem a fazer é, sem dúvida, colocar alguém a fazer um recenseamento nos locais onde potencialmente poderá aparecer quem interesse e assim se resolviam muitos problemas.

Comentários

caditonuno disse…
ai agora até vao a correr tirar fotos de dentro das ambulâncias???

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