Brindes e ofertas
Eu não sei como são as coisas lá fora mas por estes lados as palavras "brinde", "oferta" e "prenda" são capazes de alterar completamente o comportamento do mais pacífico e insuspeito cidadão.
À primeira vista, poderei estar a exagerar. Contudo, se pensarmos um pouco, rapidamente chegaremos à conclusão de que, mais uma vez, estou absolutamente certo. Senão vejamos: estão a ver aqueles bonitos padrões de papel de embrulho com desenhos do Rik & Rok ou da Leopoldina que são disponibilizados em qualquer superfície comercial por alturas, aquele papel que prova que afinal ainda não tinhamos visto o papel mais rasca que existe para fazer embrulhos, aquele tipo de papel de embrulho que é tão fraquinho que é capaz de dignificar qualquer embrulho feito com papel de jornal (arte que, aliás, domino), estão a ver esse tipo de papel? Pronto, então, no próximo Natal, estejam atentos quando forem ao Supermercado fazer umas comprinhas e verão como as pessoas se afiambram ao dito cujo e enchem sacas e sacas com folhas desse precioso papel. Porquê? Será que tem assim tantas prendas para embrulhar? Será que o papel normal está assim tão caro? Obviamente que não. As pessoas levam esse papel como se não houvesse amanhã pura e simplesmente porque é grátis. Podem já ter as prendas todas embrulhadas para os próximos três anos. Mas já que é grátis, leva-se...
Ora, uma observação cuidada ao calendário demonstra que o Natal já lá vai há uns meses e ainda falta um bom bocado para o próximo. Aliás, neste momento o grande êxito do momento é a Páscoa. Porque fui eu então às catacumbas das recordações trazer tão lamentável demonstração de comportamento humano ao de cima? Porque no último fim-de-semana assisti ao vivo a mais uma demonstração de caça ao brinde e confesso que nesses momentos chego a temer pela minha vida jovem vida...
Como qualquer leitor atento deste estaminé saberá, Sábado foi Dia da Mulher. Um Dia da Mulher implica uma Noite da Mulher em qualquer espécie de bar ou discoteca. Esse tipo de tascos, gostam de oferecer uns brindezitos às senhoras nestas ocasiões. Fica bem, pronto. E eu não tenho nada contra. A menos que resolvam atirar meia-dúzia de amostras de perfume num cartãozinho bonito para os lados da mesa do DJ quando eu me encontro precisamente nesse local. A ideia a preciso, estava gira. Um bando de gajas a perder de vista a dirigirerem-se loucamente na minha direcção. Até aqui estamos bem e o ego agradece. Só que esse bando de Amazonas loucas não ia propriamente em busca da minha companhia. Iam sim tentar capturar todo e qualquer espécimen de amostra de perfume a que podessem botar a mão. E isso, não é bonito de se ver! Elas matam por causa disso! E estamos a falar apenas de amostras!!! Que se obtem grátis em qualquer perfumaria. Só que ali é preciso pedir. Ali elas viram-nas a cair do céu. E eram capazes de lutar por elas como se as suas vidas dependessem disso. Se fossem perfumes a sério, aposto que tinham rolado cabeças! Haveria mortos de verdade. Isto passou-se há cerca de uma semana, por esta hora deveria estar a chegar la o INEM...
Mais tarde, lembraram-se de atirar uns pauzinhos que brilham no escuro e tivemos uma cena parecida, agora já com homens à porrada pelo meio. Mas os pauzinhos sempre serviam para brincar aos Darth Vaders. E sim, estas coisas despertam os instintos mais básicos que há em nós. Eu próprio, naquele momento, seria capaz de degolar alguém que me tentasse roubar os meus sabres-laser. Embora me pareça que os ares de Guerra das Estrelas que aqueles pauzinhos tinham, possam ser uma justificação plausível para esse súbito despertar do Dark Side.
Bem, o melhor é terem mesmo cuidado quando quiserem distribuir ofertas dessas, sobretudo quando a percentagem de gajas envolvida superar os 90%. Contratem uns seguranças. Ou uns Jedis. Como quiserem. Eu agora vou ali salvar uma galáxia e já venho.
May the Force be with you.
À primeira vista, poderei estar a exagerar. Contudo, se pensarmos um pouco, rapidamente chegaremos à conclusão de que, mais uma vez, estou absolutamente certo. Senão vejamos: estão a ver aqueles bonitos padrões de papel de embrulho com desenhos do Rik & Rok ou da Leopoldina que são disponibilizados em qualquer superfície comercial por alturas, aquele papel que prova que afinal ainda não tinhamos visto o papel mais rasca que existe para fazer embrulhos, aquele tipo de papel de embrulho que é tão fraquinho que é capaz de dignificar qualquer embrulho feito com papel de jornal (arte que, aliás, domino), estão a ver esse tipo de papel? Pronto, então, no próximo Natal, estejam atentos quando forem ao Supermercado fazer umas comprinhas e verão como as pessoas se afiambram ao dito cujo e enchem sacas e sacas com folhas desse precioso papel. Porquê? Será que tem assim tantas prendas para embrulhar? Será que o papel normal está assim tão caro? Obviamente que não. As pessoas levam esse papel como se não houvesse amanhã pura e simplesmente porque é grátis. Podem já ter as prendas todas embrulhadas para os próximos três anos. Mas já que é grátis, leva-se...
Ora, uma observação cuidada ao calendário demonstra que o Natal já lá vai há uns meses e ainda falta um bom bocado para o próximo. Aliás, neste momento o grande êxito do momento é a Páscoa. Porque fui eu então às catacumbas das recordações trazer tão lamentável demonstração de comportamento humano ao de cima? Porque no último fim-de-semana assisti ao vivo a mais uma demonstração de caça ao brinde e confesso que nesses momentos chego a temer pela minha vida jovem vida...
Como qualquer leitor atento deste estaminé saberá, Sábado foi Dia da Mulher. Um Dia da Mulher implica uma Noite da Mulher em qualquer espécie de bar ou discoteca. Esse tipo de tascos, gostam de oferecer uns brindezitos às senhoras nestas ocasiões. Fica bem, pronto. E eu não tenho nada contra. A menos que resolvam atirar meia-dúzia de amostras de perfume num cartãozinho bonito para os lados da mesa do DJ quando eu me encontro precisamente nesse local. A ideia a preciso, estava gira. Um bando de gajas a perder de vista a dirigirerem-se loucamente na minha direcção. Até aqui estamos bem e o ego agradece. Só que esse bando de Amazonas loucas não ia propriamente em busca da minha companhia. Iam sim tentar capturar todo e qualquer espécimen de amostra de perfume a que podessem botar a mão. E isso, não é bonito de se ver! Elas matam por causa disso! E estamos a falar apenas de amostras!!! Que se obtem grátis em qualquer perfumaria. Só que ali é preciso pedir. Ali elas viram-nas a cair do céu. E eram capazes de lutar por elas como se as suas vidas dependessem disso. Se fossem perfumes a sério, aposto que tinham rolado cabeças! Haveria mortos de verdade. Isto passou-se há cerca de uma semana, por esta hora deveria estar a chegar la o INEM...
Mais tarde, lembraram-se de atirar uns pauzinhos que brilham no escuro e tivemos uma cena parecida, agora já com homens à porrada pelo meio. Mas os pauzinhos sempre serviam para brincar aos Darth Vaders. E sim, estas coisas despertam os instintos mais básicos que há em nós. Eu próprio, naquele momento, seria capaz de degolar alguém que me tentasse roubar os meus sabres-laser. Embora me pareça que os ares de Guerra das Estrelas que aqueles pauzinhos tinham, possam ser uma justificação plausível para esse súbito despertar do Dark Side.
Bem, o melhor é terem mesmo cuidado quando quiserem distribuir ofertas dessas, sobretudo quando a percentagem de gajas envolvida superar os 90%. Contratem uns seguranças. Ou uns Jedis. Como quiserem. Eu agora vou ali salvar uma galáxia e já venho.
May the Force be with you.
Comentários