O grande erro de Madaíl

Hoje quando começou o jogo de Portugal com essa potência do futebol mundial que são as Ilhas Faroé e olhei para o banco da nossa selecção não queria acreditar no que os meus olhos viam. Algo não batia certo. Incrédulo, só pude concluir uma coisa: desta vez o Madaíl foi longe de mais!

Polémicas foi coisa que nunca faltou durante este já loooooooongo reinado do Gilinho à frente da Federação. Tivemos o Caso Paula, tivemos o afastamento do Mundial 2002 e os passeios à beira-mar em Macau, tivemos o murro do João Pinto a um árbitro, tivemos o Scolari defendendo o minino, tivemos discussão em torno de jogadores naturalizados, tivemos polémica por ter escolhido um seleccionador brasileiro, tivemos o Ricardo na baliza, enfim, são tantas que eu já lhe perdi a conta. Nenhum desses casos me pareceu suficiente para pedir a demissão do Gilinho. Contudo, o que se passa agora é mais grave. Muito mais grave. Trata-se de uma crise que só teria paralelo se a selecção aparecesse a jogar com o equipamento e a Coroa de Espanha.

Para explicar convenientemente a gravidade deste autêntico crime lesa-majestade (que eu ainda não disse qual é) temos que recuar no tempo. Vamos até ao final dos anos 80, quando a Selecção começou a construir a estrutura e a ganhar a dimensão que tem hoje. Vamos dar uma olhadela aos selecionadores que tivemos entretanto, começando em Artur Jorge 1989 e indo por aí adiante. Seguiram-se o actual seleccionador, Carlos Queiróz e, por esta ordem, Nelo Vingada, António Oliveira, novamente o já referido Artur Jorge, no Euro 2000 tivemos Humberto Coelho, depois voltou António Oliveira, substituído temporariamente por Agostinho Oliveira até chegarmos ao Sargentão, também conhecido como Luiz Felipe Scolari.
Este, é Carloz Queiróz tal como se apresentou na última noite no banco da Selecção. O leitor mais atento certamente já terá percebido o que é que está mal: O BIGODE?!?! QUE ESPÉCIE DE IDEIA FOI ESSA DE ESCOLHEREM UM SELECCIONADOR SEM BIGODE?!
Eu juro que não entendo como é que um dirigente com tanta experiência espera vir a ganhar seja o que for com um treinador sem uma única pilosidade visível sobre o lábio superior. Eu quero lá saber do currículo do homem. Podia ter ganho três Mundiais, seis Europeus e ser tetra-campeão no Grande Torneio de Sueca da Chamusca. Como é que ele se espera impôr perante gajos de brinquinho e cabelinho à Beckham sem um tão claro sinal de autoridade como esse mito que faz escola em todo o Mundo que é o Bigode Lusitano?

Quando soube da contratação de Carlos Queiróz não me preocupei. Já sabia que ele presentemente padecia dessa condição de não ter bigode mas pensei que seria óbvia a inclusão de uma cláusula no contrato do homem que o obrigasse a deixar crescer as ditas pilosidades. Afinal, é uma das coisas boas desse marco do Lusitano: se o deixarem no estado selvagem, ele volta a crescer. Com essa certeza em mente, nem me preocupei mais com o assunto. Ora, qual não é o meu espanto quando olho para o banco e me confronto com a presença de um indivíduo com cara de rapazinho de 15 anos... Não pode ser! Um senhor muito, muito sábio disse-me uma vez: "a um homem com bigode, ninguém o fode!". E não podia estar mais certo.

Portanto, com a campanha de apuramento para o Mundial 2010 prestes a começar, só vejo duas alternativas: ou o senhor deixa o Bigode crescer livremente o mais rápido possível, ou então teremos que começar a pensar numa alternativa para o comando da Selecção. Eu sugiro este senhor: consegue conjugar um respeitável Bigode com uma dicção indecifrável, que dará um ar de inteligência e superioridade ao qual os jogadores com certeza não ficarão indiferentes. Senão, "we'll allways have Toni".


P.S.: já que falamos de Selecção, se quiserem ver o Figo com uma respeitável gadelha, prestem atenção aqui, ao segundo 29.

Comentários

Maria disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Mia disse…
eu arriscaria a publicação da imagem característica do verdadeiro homem português: http://img71.imageshack.us/img71/7735/0116200311235126gve9.jpg

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