Os novos Morangos

Novo ano escolar, novos Morangos com Açucar ou, como agora está na moda as siglas, novos "MDC". Yo! Tudo bem, nem me queixo muito. Ao fim deste tempo todo, já aprendi a coexistir no mesmo mundo dos MDC sem me chatear muito. Morangos num canto e eu no outro e estão reunidas condições para eu ser feliz. Aliás, hoje nem vim aqui ao tasco para implicar com os Morangos em si. Venho apenas comunicar que os jovens dos Morangos já não são tão betos: agora já não são betinhos num colégio privado da linha de Sintra, são apenas rebeldes duma escola pública de Lisboa ou coisa parecida. Quer isto dizer que estamos no bom caminho. Acho que, após esta série, estão reunidas as condições para termos a série dos Morangos que todos esperamos desde o primeiro episódio da coisa: os Morangos com Açucar na Damaia.
A ideia era simples: em vez de termos alunos duma normal escola pública ou privada da Grande Lisboa, daquelas onde as vezes estão sempre limpas e as paredes imaculadas, tínhamos o dia-a-dia duma escola na Damaia onde poderíamos assistir a actividades de venda e consumo de estupefacientes, onde conheceríamos o dia-a-dia de alunos insubmissos e onde as agressões a professores convivem alegremente com a marcação dum qualquer TPC. Aí, teríamos um grupo de professores inconformados (cá está, a gereação rebelde!) que se inscreve num curso intensivo de Karaté e se equipa de simpácticas Kalashnikovs e AK-47 para vir das as suas aulinhas (sublinho, no entanto, que em caso duma eventual disputa precedida de aposta entre os ilustres professores e os alegres alunos, o meu dinheiro continuava a ser investido nos putos).
No fim, o corpo docente era demitido por um dos seus membros ter, alegadamente, dado uma bofetada num aluno que lhe apontou uma ponta-e-mola enquanto lhe pedia as chaves do carro. Os pais, revoltados com a situação tomam então a escola de assalto, exigindo a cabeça dos responsáveis, com a devida cobertura da estação da casa, a TVI.
É só uma ideia, mas acho que é o caminho a seguir. Fica a sugestão. Já sabem que, por mim, faço tudo em prol da morangada.

Só mais uma pequena sugestão: eu não se já alguém conseguiu ver mas eu pelo menos até agora ainda não vi chiclets coladas debaixo do tampo das mesas nas escolas. Ora, qualquer aluno que tenha andado no secundário sabe que estas mesas tem um revestimento inferior feito à base da dita substância mascável. Eu acho, que em prol do realismo da história, deveríamos começar a ter direito a filmagens debaixo das mesas, onde podessemos realmente aferir da qualidade de realização. Fica a sugestão.

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