Odete Santos

Noutro dia reparei que neste blog ainda não se falou de coisas giras. Mas ainda não vai ser hoje que falo. Hoje o assunto é Odete Santos.

Pois é, ao fim de mais de 20 anos, Odete Santos deixou de fazer parte da bancada parlamentar do PCP. Diz-se que irá dedicar o resto dos seus dias a perseguir e atormentar Ricardo Araújo Pereira. Mas pronto, o que interessa é que a Detinha foi-se embora. O que é de lastimar. É de lastimar por várias e boas razões: para começar, esta personagem era garantia de peixeirada na assembleia da república. Ora, sendo o principal motivo de interesse da assembleia da república a peixeirada, esta só tem a perder com a saída de um dos seus craques.
Mas Odete Santos era mais do que peixeirada para o parlamento. Odete Santos era a Reviiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiista no parlamento. Caso estejam esquecidos, a camarada Odete foi a primeira deputada a fazer parte de uma peça de Revista à Portuguesa. E, parecendo que não, o parlamento perdeu uma oportunidade de ouro de se reinventar durante essa altura. Aproveitando a passagem de deputados pela revista, podiam ter aproveitado o lanço e ter posto actores a fazer o papel inverso. Quem não gostava de ver um José Raposo ou uma Maria do Céu Guerra no parlamento? Caso tivessem sucesso, até podiam alargar esta medida a outra tipo de associações, desde clubes de futebol, associções académicas, batanetes, ranchos folclóricos, sindicatos, etc... Depois as votações na AR ficavam muito mais interessantes, seriam algo do tipo: "a lei 15/2008 de 15 de Janeiro de 2008 para a proibição de programas que incluam fadinhas no seu conteúdo foi aprovado por maioria com os votos a favor das bancadas do PS, BE e PSD, os votos contra do PP, as abstenções do PCP, um éfe érre á da bancada da Associação Académica de Coimbra e dois golos de Mantorras." Bem, fica a ideia. Mas não há dúvidas que a Odete era uma visionária. O parlamento sem ela nunca mais será o mesmo. Vai ser mais sossegado... E bonito, também.

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